quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

JOHANNESBURG, ÁFRICA DO SUL

      Os próprios sul-africanos nos confessaram que após alguns vislumbres do despreparo para o turismo em massa em meio ao maior evento que o país já sediou, a África do Sul viu seu número de visitantes despencar de 2010 para 2011. Devo concordar em alguns pontos, já que a segurança não é o forte deles. O despreparo em outros itens fundamentais para receber tanta gente também me deixou intrigada.
Hotel Sunny Side - estilo Vitoriano
      A maior cidade da África do Sul - Johannesburg - não oferece transporte público como metrô ou simplesmente táxis. O que eles chamam de "táxi" é meio que um transporte coletivo, feito em vans. Se o turista quiser conforto para se locomover, deve contratar no próprio Hotel um serviço para isso com uma agência que disponibiliza um guia - que não é nada barato. Não sei dizer como foi na época da Copa do Mundo, mas para mim foi exatamente assim. Os Shoppings ficam abertos até às 18h, e as praças de alimentação, até às 20h. Ou seja, ficamos presos ao Hotel em estilo vitoriano - maravilhoso, por sinal - com um clima de antigamente, com músicas orquestradas de antigamente, que mais faziam o Hotel, que foi uma mansão de famílias da mineração há mais de um século, parecer uma casa mal assombrada.
Hotel em Johannesburg
       Acabamos curtindo o clima, já que a diversão lá fora não era algo tão simples. E estava muito frio!  Mas saímos sim de carro para conhecermos Sowetto, e acabamos conhecendo os arredores. Johannesburg, apesar de ter nos assustado um pouco - é uma cidade linda, com bairros caros e casas espetaculares. É uma cidade bem nova, que cresceu em torno das riquezas das minas da Região. Passamos em frente à atual casa de Nelson Mandela e de sua Fundação. Para mim, foi uma honra estar tão pertinho da História e tirar minhas próprias conclusões sobre tudo. Pois a melhor história é a que contamos a nós mesmos. A nossa visão sobre o mundo não precisa ser exatamente como o mundo nos conta.
Vista do alto de Johannesburg

Centro de Johannesburg
    Apesar do que dizem, eu estava no coração da África. E o Brasil nem é aquelas coisas de tão seguro para que eu me espante tanto assim...  Apenas espero que 2014 não traga os efeitos danosos que causou na África. A África focada nos turistas - a África dos Safáris - está bem distante da África dos grandes centros. Talvez até um pouco injustiçada, apesar dos pesares, a África do Sul vale e muito uma visita. Foi uma pena não ter dado tempo de irmos para Cape Town. Aí sim creio que teríamos tido uma outra impressão.

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