domingo, 15 de janeiro de 2012

ORLANDO - A TERCEIRA VEZ COM MEUS FILHOS

       Se conto de fadas é o sobrenome de Orlando eu não sei, mas ir para lá pela terceira vez é tão legal quanto ir pela primeira. E esta analogia bem que parece possível.
       Em um conto de fadas ou em meio a cenário de filmes, não importa. O importante é que cada nova vez é uma experiência muito diferente da anterior. O factual, o que é real, é tão intenso que é como se não coubesse na nossa impressão do que é o tempo e não fosse fácil fazê-lo caber. Há tanta coisa a fazer que o tempo parece uma mísera fagulha no meio de uma imensidão. E lá, só lá parece de fato não fazer diferença para ninguém se você deixar escapar que o que está vivendo é mais sonho do que realidade. O seu sonho. Nutre-se o imaginário, faz-se de conta que o faz de conta é de verdade e tudo ganha outra dimensão. Tão intenso que se confundem. Assim é que se abstrai o melhor de Orlando.
City Walk, Universal, Orlando
        Finalmente descobrimos que Setembro e Outubro são definitivamente melhores que Julho para visitar os Parques de Orlando, pois além das filas estarem muito menores e podermos frequentar as atrações sem stress, o calor é suportável.
        Mais maduros por já termos ido em dois anos consecutivos, a viagem para a Disney com as crianças foi mais uma vez incrível. Aprendemos a mapear os parques antes de nos aventuramos a andar e entendemos a necessidade de traçar quais as atrações valiam a pena. E mesmo com o menor movimento e com todo o planejamento, ainda ficaram coisas que não conseguimos fazer.
       Neste período, porém, a desvantagem é que os parques fecham um pouco mais cedo que em Julho. E deve-se ficar atento ao cronograma dos parques, disponíveis nos hotéis, pois nesta época do ano, os parques mudam suas rotinas por causa do Halloween e podem fechar mais cedo ainda.
Main Street, Magic Kingdom, Orlando
        Por outro lado, o fato dos parques fecharem mais cedo não é tão mal assim, pois à noite sobra mais tempo para fazermos outras coisas por Orlando. Mas nem pensar em parar. Hotel? Só quando não há mais nada a fazer, bem tarde da noite. Ficamos cansados, quebrados, mas fazemos valer cada minuto.
       Desta vez até me arrisquei mais que nos outros anos nas montanhas russas, mas nem tanto. Pudera, além dos parques de Orlando, fomos também para Tampa para nos acabarmos nas curvas sinuosas e de cabeça para baixo do Busch Gardens, que de agora em diante fará parte do roteiro obrigatório. Mas só vale a pena para quem curte muita aventura. Eu, na verdade, fiquei mais observando e caprichando nas fotos que encarando o batente.
Kumba, Busch Gardens - Tampa, FL
Disney's Hollywood Studio, Orlando

Mission Space, Epcot - Orlando
         Está nos meus planos frequentar Orlando enquanto meus filhos acreditarem que tudo aquilo é um pouco de verdade e um pouco surreal, enquanto os nossos sonhos forem feitos de tantos personagens e idéias quanto lá. Acredito que a forma como crianças e adultos enxergam as coisas, apesar de diferentes até um certo ponto, acabam se fundindo e se nivelam quando se deparam com tal universo. Afinal, quem não foi criança um dia? E quem nos obrigou a deixar de ser? Desejarei sempre tornar os meus sonhos, e os sonhos deles possíveis.
         Fechando os olhos, posso passear agora por Orlando, lembrando-me dos bons momentos. Mas como os sonhos se tornam reais na Disney, e a gente fica até mais corajoso do que realmente é, vou querer retornar o mais rápido que puder, quantas vezes eu puder!