quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SAINT MARTIN / SINT MAARTEN, CARIBE

        Uma ilha no meio do Caribe, dividida ao meio por holandeses e franceses, em uma linha imaginária, mas que faz toda a diferença entre um lado e outro do mapa.
         Com essa ideia de diferenças é que chegamos ao aeroporto mais arrumadinho do Caribe. O nosso Hotel ficava do lado holandês, bem do lado das praias lindíssimas. O Sonesta Maho Beach era estratégico e ficava aos pés da praia mais curiosa de todas: a "praia dos aviões".
          O espetáculo mais legal da ilha é assistir a chegada e a partida dos aviões do aeroporto cuja pista começa aonde a areia termina. Ir à praia e observar um pontinho luminoso surgir e agigantar-se em poucos minutos em um som ensurdecedor, tirando rasante da sua cabeça, ainda mais se for um KLM de dois andares, é a aventura da ilha. Quando levantam voo já é um pouco mais complicado, porque as turbinas esquentam e jogam um vento muito quente e pode arremessar as pessoas à água. Uma prancha no canto esquerdo da praia indica os horários dos aviões.
Aviões pequenos e grandes chegam ao aeroporto

Maho Beach é a praia de onde se avista os aviões

KLM se aproximando do Princess Juliana (aeroporto)

         Mas Sint Maarten é muito mais do que uma ilhota no Caribe perdida entre muitas. Tem um clima de liberdade, diferente das demais. Não é toda montadinha como Aruba e, para se chegar às praias, é preciso pegar um carro e desbravar. Passar o dia longe do Hotel, comer por ali, alugar uma cadeira de praia.
         Há a história do furacão Andrew que devastou um Resort e um campo de Golf perto de Mullet Bay em 2005, além de ter causado muita destruição em toda a ilha. De fato, passamos pelos campos abandonados e casas destruídas, até hoje deixadas do mesmo jeito, como a lembrar que a natureza tem lá os seus momentos de fúria. 
Vestígios do Furacão Andrew que passou em 2005

         Mullet Bay é uma das praias donas de um azul vibrante. As ondas de Mullet Bay podem dar tombos nos desavisados, mas a praia é show. É meio hyppie, meio tudo no meio do nada do mar do Caribe. Existem muitas praias no lado holandês que podem ser exploradas. Perto do centro, em Philipsburg (a capital do lado holandês), há a Great Bay, uma super praia próxima à orla mais requisitada da ilha. A principal rua de Philipsburg traz muitas grifes e joalherias. Muito bom passar o tempo por lá, apesar de tudo fechar cedo, tão logo os navios de Cruzeiro se retiram.
          E Sint Maarten tem lá os seus mistérios... É um tanto espalhada, praias a serem descobertas, ruas a percorrer e descobrir universos à parte conforme os dias passam. A ilha não se revela logo de cara. É preciso ser curioso para vê-la mais a fundo.
Mullet Bay
Philipsburg, capital do lado holandês

Great Bay
         O lado francês traz mais charme do que praias legais. Sua capital Marigot é muito arrumadinha e cheia de restaurantes em frente a uma marina cheia de iates. Mas não posso deixar de citar a Orient Bay, a mais bem estruturada de todas as praias da ilha.
Marina em Marigot

Marigot, capital do lado francês
Orient Bay (Baíe Orientale) 

         O som caribenho ecoa até hoje em meus ouvidos quando me lembro das músicas que dominam os dias e as noites daquele povo. Caribe na veia, azul de arder os olhos, uma divisão de domínios que podem até fazer sentido para eles, mas que no calor da viagem, não faz a menor diferença no fim das contas.
Vista de Great Bay

         Quando chegou a hora de regressar, imaginei alguns turistas fazendo festa na praia de Maho Beach com o arrepiante tremor das turbinas de nosso avião a arrastar areia e sal para dentro do mar. As férias haviam acabado para mim, mas Sint Maarten se renova a cada turbina que chega e parte para outros verões. É sempre verão e festa por lá, apesar da lembrança e o assombro dos furacões.

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